Precipitei-me e encontrei-os.
Eram bonitos
E olhavam para mim.
Ambientei-me e me encontraram.
Eu era linda
E a savana respirava meu calor.
Sobre teus olhos foscos voei sem sair do chão.
Banhei-me na iminência deles
E bailei numa valsa de cloacas.
A graça de minhas asas só eles podiam ver,
Mas e o cheiro do meu corpo?
Nem todos puderam beber.
Escolhi-os
E nadei para eles,
Molhei-os com meu fluir.
Possuí-a
E desovei sem medo
E me acolhi em teu âmago.
Voei.
Nadei.
Bailei.
Fiz-me tua...
Até a próxima primavera.
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