terça-feira, 26 de outubro de 2010

Luas, ninhos, garças...


... Minha vida parecia estar realmente se encaminhando para um final feliz.
Simples, monótono e feliz.
Cheio de perspectivas, pré-concebido e feliz.
Cheio de medos, nós, correntes, flores, dores, luas, ninhos, garças, morças, beijos, doces, frios, tetas, laços, gretas... E feliz?

Mas seria mesmo aquilo a tão sonhada felicidade?
A grande aspiração de vida do homem?
O petróleo divino e respirável que move a todas as raças?
Não! Não era!
A felicidade não é apenas a ausência da tristeza!
Nem o gozar da riqueza!
E era só que havia dentro de mim e eu não sabia,
uma ausência inegável,
uma riqueza desprovida de luz...
um vazio que se expandia sem controle.

Mas um dia ele veio, acompanhado por uma dose de medo e excitação,
todo o preenchimento necessário para reparar os erros e me fazer auto-perdoar por coisas de uma vida inteira!

Estás aqui.
Quero eu ser preenchido.

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