sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Tântricas moléstias

Yin e Yang não acordam sem recitar o tantra de seus sonhos.
Usura e Isabel não reinam sobre cabeças despenteadas
Reis e rainhas não fedem nem cheiram.
Incidem sobre as nossas taças, e dormem, feito fiapos de noite.

Melando as dores de um parto sem cria,
Aturando as crias de um parto sem dores,
Tratando em tratados de alpiste e alegria,
Hermético e frágil, caiu e doeu.
E cheio de dedos, de dólares e dentes,
Unindo o útil ao eficaz e ao atraente,
Senti vossas glândulas vesiculosas clamando meu nome.

Cavalos e cus ornaram e brindaram o nosso amor.
Os lábios, de calcário desprovidos,
Sarapintados pela doce e pura e virgem que escorria;
Tarantularam num bambear ciático e frenético,
Adocicado em uma gota de ilusão.

Anatômica movimentação.
Luxúria que se refaz em virtude.
Virtude carinhosa de tântricas moléstias.
Agora estamos juntos num moldar de perfeições.
Risadas fazem ouvintes num mundo cheio de bigodes.
Erros fazem sorrir um bailar literal.
Sorrisos nos fazem amantes num acaso de fraternidades.

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